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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

SELEÇÃO DEIXOU DE SER GRIFE


Por Felipe Dótoli

Pela terceira vez consecutiva Lionel Messi venceu o prêmio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa, em parceria com a revista France Football. A vitória em Zurique, na Suíça, foi inédita, já que nenhum outro atleta de futebol havia conquistado o troféu por três vezes seguidas.

Mas o resultado alcançado pelo argentino de 24 anos tem, além do ineditismo dos três títulos seguidos, outro fator que mostra o quão diferente o jogador do Barcelona é. Nunca um jogador considerado o Melhor do Mundo havia se destacado tão pouco atuando pela sua seleção. A palavra “destaque” talvez nem deva ser usada no caso de Messi em suas aparições com a camisa argentina.

Nem Ronaldinho Gaúcho, vencedor do prêmio duas vezes (2004 e 2005), foi tão mal defendendo seu país. Na Copa do Mundo de 2002, o brasileiro teve bom papel na campanha do titulo no Japão. Além disso, na Copa das Confederações de 2005, na Alemanha, o Gaúcho foi importante para a conquista do Brasil.

Messi não conseguiu nada de expressão pela seleção principal da Argentina. Na primeira Copa do Mundo que participou não passou das quartas de final, em 2006. O mesmo ocorreu na África do Sul. Obviamente que os feitos realizados pelo argentino com a camisa do Barcelona o credenciam e muito ao prêmio e justificam todo o prestigio que tem.

Os resultados atuais mostram uma nova tendência no futebol mundial. Não é mais necessário se destacar pela seleção nacional para ser considerado um craque. Há alguns anos atrás, isso era impossível.

Todos os gênios da bola tiveram grande destaque defendendo as cores de seus respectivos países, seja em Copas do Mundo ou torneios continentais. Vamos os exemplos:

Pelé, considerado por muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos, brilhou pelo Santos, mas teve papel fundamental para as conquistas brasileiras entre o final dos anos 50 e o começo dos anos 70. Maradona fez muito sucesso pelos clubes que passou, principalmente pelo Boca Juniors e pelo Napoli, mas foi o principal jogador da Argentina na conquista do Mundial de 1986. Romário foi fundamental em várias das equipes por qual jogou, mas foi na seleção brasileira que o baixinho ganhou notoriedade, principalmente pelo mundial de 1994.

Com os feitos de Lionel Messi e a expectativa de que o futebol do argentino cresça cada vez mais, os feitos pela seleção estão sendo colocados em segundo pano, criando uma nova tendência no futebol atual.

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